Mais poesia


Não sei se já postei esse soneto aqui.

Se já, peço desculpas mas não posso evitar, existem momentos em que os poemas que decorava na adolescência, voltam com força total, e fica impossível conter as emoções.

Deliciem-se com mais uma obra prima do nosso "poetinha" Vinícius de Moraes.



SONETO DE SEPARAÇÃO


Vinícius de Morais


De repente do riso fez-se o pranto

Silencioso e branco como a bruma

E das bocas unidas fez-se a espuma

E das mãos espalmadas fez-se o espanto.


De repente da calma fez-se o vento

Que dos olhos desfez a última chama

E da paixão fez-se o pressentimento

E do momento imóvel fez o drama.


De repente, não mais que de repente

Fez-se de triste o que se fez amante

E de sozinho o que se fez contente


Fez-se do amigo próximo o distante

Fez-se da vida uma aventura errante

De repente, não mais que de repente.


(Antologia Poética)

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá mocinha lindaaaa

como vai e qto tempo né? demoro + sempre apareço. \o/

espero q tenha tido um ótimo natal e te desejo um feliz Ano novo. \o/

bjos!

Anônimo disse...

Ufa, que maratona mais gostosa! Gonzaguinha, Johrei, Almas Gêmeas e agora Vinícios, isso dá prazer. Um tempo atrás, nem tanto tempo assim, não sou tão velho assim. Eu estava em Salvador, mais precisamente em Itapuâ, mais precisamente ainda na lagoa do Abaeté, e vi de perto Vínicius de Moraes num carro com uma namorada. Depois disso nunca mais esqueci essa letra: "Passar uma tarde em Itapuã, ao sol que arde em Itapuã." beijos

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